Cinema: Angelina Jolie fala sobre Johnny Depp e O Turista (Trailer)

Novo longa dos astros hollywoodianos terá estreia mundial nesta sexta-feira (10)

Angelina Jolie, atriz que já foi premiada com um Oscar por seu trabalho em Garota, Interrompida, contracena com o galã Johnny Depp, pela primeira vez, em O Turista, filme romântico de ação que terá sua estreia mundial nesta sexta-feira (10). No Brasil, a obra chegará às telonas em janeiro de 2011.

O personagem de Depp, um professor de matemática, se apaixona pela mulher fatal representada por Angelina, que tece uma teia de mistério contra o pano de fundo de Paris e Veneza.

A estrela, de 35 anos, falou à Reuters sobre o longa-metragem, Johnny Depp, e como é cuidar de seus seis filhos em aeroportos agitados.

Reuters - Sua personagem diz a Johnny Depp: "As mulheres não gostam de perguntas". Você enxerga essa mulher de personalidade forte dentro de você mesma?
Angelina Jolie - Eu estava de pijama e me troquei para vir trabalhar hoje, então talvez eu dê a impressão de ser mais forte do que sou realmente. Você tenta levar a cada personagem algo que guarde alguma relação com você. Neste filme, a personagem é uma mulher fatal tradicional, mas na realidade ela tem um grande coração.

Reuters - Você já atuou em outro filme no qual precisou exibir tanta elegância e usar tantos vestidos lindos?

Angelina - Não. Foi divertido por algum tempo, mas, quando tudo terminou, fiquei feliz por poder voltar a usar jeans, camiseta e botas e não precisar mais me maquiar e arrumar o cabelo.

Reuters - Ser turista deve ser duro para você. Qual é o lugar mais estranho em que você já foi reconhecida?

Angelina - O mais estranho foi o contrário. Tive uma experiência maravilhosa uma vez na África, trabalhando com a ONU, quando o presidente de um país me recebeu para falar de questões ligadas a refugiados e me perguntou: "O que você faz?". Falei: "Sou atriz". Ele respondeu: "Ouvi dizer que esse é um trabalho muito duro. Pode não ser a opção mais inteligente". Foi o máximo. Ele estava me avisando para não ser atriz.

Reuters - Você sente saudades do estilo de vida que tinha antes de virar celebridade?

Angelina - Não sou de ficar me queixando. Me sinto uma mulher de sorte por ter todas as oportunidades que tive, e me sinto muito grata, mas sinto por meus filhos, sim. Em Paris, há toda a iluminação linda de Natal na Champs-Elysées, e eu queria sair do carro e andar por aí, ver o carrossel, mas não pudemos. Tentamos, e havia umas 20 pessoas nos seguindo. Isso não teria sido uma boa experiência para as crianças.

Reuters - Falando nas crianças, já aconteceu alguma vez de elas terem um chilique no supermercado?

Angelina - Isso já aconteceu algumas vezes no aeroporto. Normalmente, se elas resolvem gritar e chorar e eu vejo que é apenas um ataque de raiva, acho que é melhor não prestar muita atenção. Mas é muito difícil fazer isso quando se está cercado de pessoas. Acho que Maddox entendeu que um aeroporto é um lugar onde tenho que tentar acalmar o piti dele. Procuramos ser árbitros. Temos cartões de árbitro; Brad [Pitt] tem os cartões e eu tenho o apito.

Reuters - Vocês vão parar em seis filhos?

Angelina - Estamos abertos às possibilidades, mas estamos tendo essa discussão agora -- como encontrar um ponto de equilíbrio, à medida em que eles vão crescendo e as suas necessidades aumentam.

Reuters - Como você dá conta, com toda sua programação?

Angelina - Nos próximos anos vamos trabalhar cada vez menos, e, quando eles se aproximarem da adolescência, a mamãe vai ficar levando eles para os lugares de carro e tentando entender o que está acontecendo.

Reuters - Isso significará papéis mais tranquilos, como em O Turista?

Angelina - Não, este foi um caso único para mim. Prefiro os dramas. Acabei fazendo ação, e o engraçado é que os dois filmes de ação que fiz foram logo depois de ter um bebê. Prefiro filmes como O Preço da Coragem e A Troca.

Reuters - Você está dirigindo seu primeiro filme. Esse é um caminho que você quer trilhar?

Angelina - Eu não tinha a intenção de fazê-lo. Não sei, mas adorei. Foi um prazer poder dar a alguém o que eu gostaria de receber se fosse fazer uma cena emocional, por exemplo.

Veja o Trailer